No dia Internacional da Mulher, a superação dos problemas e desafios é deixada em uma trilha ou estrada repleta de emoções e aventuras.
Por Dani de Paula
![]() |
"As Top + do Pedal". Grupo liderado por mulheres ganha destaque. Foto:Arquivo pessoal. |
O Dia Internacional da Mulher é uma data marcada pela luta histórica das mulheres por igualdade, reconhecimento e respeito em todas as esferas da sociedade, e no ciclismo não poderia ser diferente. A equipe do Acre Pedal aproveitou esta data especial para conversar e conhecer um pouco mais sobre a história de vida e superação de algumas mulheres que protagonizam o ciclismo no no Acre e são, de fato, verdadeiras fontes de inspiração.
A relação das mulheres com a bicicleta e o ciclismo não é nova. Há tempos que o protagonismo delas no esporte desconstruiu estereótipos de que pedal é “coisa de homem”, abrindo caminhos para uma sociedade mais igualitária que empodera, inspira e mostra que é possível ser forte, determinada e feminina ao mesmo tempo.
![]() |
Annie Cohen em sua bicicleta pesando mais de 20kg. Foto: Arquivo da Web. |
Primeira mulher a dar a volta ao mundo em uma bicicleta
Em 1894, uma jovem e mãe de 3
filhos, Annie Cohen, desafiou os padrões da época, sendo a primeira mulher da
história a dar a volta ao mundo de bicicleta.
Desde então, a participação das mulheres no pedal não se limitou apenas às competições, mas em uma filosofia de vida libertadora e independente. No Acre, isso vem se mostrando cada vez mais forte.
Mulheres no pedal: histórias de superação e paixão
Existem muitas histórias de
mulheres que encontraram no ciclismo uma forma de superar desafios e
adversidades, como é o caso de Edi Santos de 48 anos, casada e mãe de três
filhos, a qual é uma das fundadoras de um dos grupos de ciclistas mais
recentes do Acre. Uma fonte de inspiração, inclusive para os homens.
"No
início, eu sofri preconceitos por estar acima do peso (90 quilos na época) e pelo
fato de as pessoas acharem que bicicleta era "coisa de homem". Me
apaixonei tanto que, juntamente com outras mulheres, criamos o grupo "As
TOPS + do Pedal Acre". Hoje com 74 quilos, vejo o ciclismo como fonte de
força, determinação, superação e liberdade!” – relata Edi Santos em entrevista. Edi também relata a importância do apoio, parcerias e patrocínios. "A rede Rodrigues, composta por postos de combustíveis, é um grande parceiro nosso e isso tem nos possibilitado a expandir nossa atuação e ação na capital Rio Branco", finalizou.
![]() |
Keila Muniz, vice-presidente do grupo "As Top Mais do Pedal" e Edi Santos, presidente. Foto: Divulgação. |
![]() |
Peregrina é professora aposentada, mãe de 4 filhos e avó de 6 netos. Foto: Arquivo pessoal. |
Em alusão ao dia Internacional da Mulher, Peregrina diz:
“Quero
deixar aqui a minha solidariedade e fazer um convite a todas as mulheres acreanas
que, mesmo enfrentando desafios diários, podem fazer do pedal sua fonte de
força e bem-estar.”
Para muitas mulheres, o
ciclismo não é apenas um esporte, mas sim um estilo de vida. Seja pedalando
pela cidade, pelas trilhas, estradas ou em competições, o ciclismo representa
a oportunidade de conectar-se consigo e com outras mulheres.
Além dos benefícios físicos, como melhoria da saúde cardiovascular, fortalecimento dos músculos e perda de peso, o ciclismo também proporciona, acima de tudo, benefícios emocionais e mentais, ajudando a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão.
A felicidade depende do que fazemos pela gente
O que Annie Cohen, Edi
Santos, Peregrina e tantas outras mulheres têm em comum? Desejos e anseios
supridos em duas rodas.
“Desde
2020 nasceu minha paixão pelo ciclismo e muitas pessoas falavam que eu era louca
em acordar aos finais de semana às 3h ou 4h da manhã para pedalar. Mas essa
sensação de liberdade e de superação foi me motivando a ser mais disciplinada e,
acima de tudo, mais feliz. Quem pedala vive melhor, aumenta a autoestima,
conhece novas pessoas e lugares diferentes.” – relata a ciclista com orgulho.
Dulcilene Negreiros, Pedagoga e ciclista. Foto: Arquivo pessoal. |
No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é importante reconhecer e celebrar as conquistas das mulheres no ciclismo, ao mesmo tempo em que se reconhece que ainda há muito a ser feito, para que mais mulheres possam ter acesso ao esporte.
Para completar a experiência e fonte de inspiração, a acreana Elen Lopes de 43 anos, mãe, advogada e proprietária da loja Sportix, especializada em acessórios para os amantes do ciclismo, revela como foi sua experiência no pedal:
“Sentir o vento no rosto como se estivesse voando, foi realmente a sensação de liberdade mais incrível que senti na vida, mesmo pedalando com apenas 4 meses de resguardo! Todas as mulheres que se sentem sobrecarregadas vão encontrar alívio nesta modalidade esportiva e de lazer extraordinária! Pois, foi isso o que eu senti; liberdade, querendo sempre mais.”- finaliza Elen.
![]() |
Elen Lopes é Advogada e empresária. Foto: Arquivo pessoal. |
Todas as mulheres acreanas representam um símbolo de força, determinação e busca pela felicidade individual por meio do pedal que, mesmo diante dos obstáculos do momento, o desejo nunca irá cessar, pois elas não pensam em desistir.
Por Acre Pedal - o portal do ciclismo acreano.